O senador Jaques Wagner (PT) comentou nesta segunda-feira (20) a Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal para apurar supostos esquemas de corrupção e desvio de recursos públicos em contratos de limpeza urbana e obras em diversos municípios baianos. O Jornal Candeias revelou na manhã de hoje (20) que a PF aguarda autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para deflagrar a fase final apelidado de Armagedom Veja aqui onde pescará muito “tubarão”, “peixe grande” muito “camarão” na Região Metropolitana de Salvador (RMS) nas próximas hora.
O senador Wagner afirmou que toda operação policial deve seguir até o fim, “pegando os grandes tubarões”, sem interferências políticas.“Toda operação policial tem que ir até o fim e pegar os grandes tubarões que comandam a corrupção e o desvio de dinheiro público. Essa, para mim, é a obrigação de qualquer investigação”, disse o senador, durante evento de autorização da construção de quatro Policlínicas Regionais.
O Jornal Candeias revelou que nas últimas horas a PF realizou a descoberta que a irrigação do esquema criminoso comprou uma nova mansão para um prefeito da RMS no Alphaville em Salvador e pede autorização do STF para eliminar a facção criminosa. Wagner reforçou que não toma partido nas apurações, defendendo total independência da Polícia Federal e dos órgãos de controle. “Não torço para que atinja fulano ou sicrano, torço para que não haja nenhuma ingerência política e que a Overclean vá até o fim, doa a quem doer”, completou.
O Senador Wagner ainda ironizou o clima de tensão após as últimas fases da operação: “Sei que tem muita gente nervosa e sem dormir, mas deveriam ter pensado nisso antes de fazer algo errado”, afirmou. De acordo com informações obtidas pelo portal, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode autorizar novas prisões preventivas nas próximas horas, após delações que revelaram elo direto entre prefeitos e o núcleo financeiro da Overclean.
A fala de Wagner sobre “grandes tubarões” e “gente sem dormir” repercute fortemente nesse contexto, pois reforça o discurso de que a investigação não deve se limitar a figuras intermediárias, mas alcançar os mandatários que se beneficiaram politicamente e financeiramente do esquema.
Enquanto a PF amplia o cerco e o STF avalia novas medidas, o clima é de apreensão nos bastidores políticos da RMS — justamente onde, segundo apurações, a próxima ofensiva deverá ocorrer. “Doa a quem doer”, repetiu Wagner — frase que, diante do avanço das investigações, soa quase como um prenúncio do que vem por aí.