O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, encerrou nesta quinta-feira (13) um processo que se arrastava há mais de um ano no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Julgado por suposta manipulação ao forçar um cartão amarelo em 2023, o jogador recebeu apenas uma multa e está liberado para seguir atuando normalmente.
O caso voltou à pauta após pedido de vista na sessão anterior e movimentou o Pleno do STJD por mais de duas horas. Por seis votos a três, os auditores decidiram pela pena exclusiva de multa, derrubando a possibilidade de suspensão.
O valor aplicado, R$ 100 mil, é o limite previsto pelo artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. A decisão é definitiva dentro da esfera desportiva e não cabe mais recurso, encerrando o processo.
Bruno Henrique acompanhou o julgamento de forma virtual. A defesa do atleta contou com o advogado do Flamengo, Michel Assef, além de Alexandre Vitorino e do vice-presidente geral e jurídico do clube, Flávio Willeman.
O relator Sérgio Furtado Filho já havia votado anteriormente pela absolvição no artigo 243-A (manipulação de resultado), que previa até 12 jogos de suspensão, mantendo apenas a penalidade financeira. O voto acabou prevalecendo após a retomada da sessão.
Relembre a denúncia
A acusação se referia ao duelo entre Flamengo e Santos, em 2023, no Mané Garrincha. Segundo a Procuradoria, o atacante teria buscado de forma intencional o cartão amarelo, o que teria favorecido apostadores ligados ao caso das apostas esportivas naquele período.
Em setembro, o STJD chegou a condená-lo a 12 partidas de suspensão, mas o Flamengo conseguiu efeito suspensivo, o que permitiu ao jogador continuar atuando até o novo julgamento.
O próprio clube recorreu para tentar derrubar a pena, enquanto a Procuradoria pediu aumento da suspensão.
Com a decisão, prevalece apenas a penalidade financeira, e Bruno Henrique não corre mais risco de desfalcar o Flamengo por este processo.













