O líder da organização criminosa Bonde do Maluco (BDM), que utilizava a advogada Poliane França Gomes como articuladora externa, é Leandro da Conceição Santos Fonseca, conhecido pelos apelidos de Léo Itinga ou Gringo.
Ele é apontado como o “chefão” custodiado no Conjunto Penal de Serrinha, no interior da Bahia, de onde se relacionava intimamente com Poliane e transmitia ordens estratégicas para fora da cadeia. Ela foi presa pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (27) em Salvador durante aOperação Rainha do Sul.
Quem é Léo Itinga?
Além de Léo Itinga e Gringo, ele também é conhecido como Azuado e Shantaram, com um histórico marcado por violência e liderança no tráfico. Ele atuava na localidade de Serra Verde, situada entre o Vale das Pedrinhas e Santa Cruz, no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. Também é citado como líder do BDM em Itinga, bairro de Lauro de Freitas.
Seu nome está ligado a mais de 70 processos na Justiça por crimes como tráfico de drogas, homicídio e associação criminosa. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) já moveu mais de 30 ações contra ele.
Um de seus crimes mais notórios ocorreu em janeiro de 2012, quando assassinou um rival, o traficante “Bicudo”, e ateou fogo no corpo da vítima. Léo Itinga foi preso um ano depois, em janeiro de 2013, na localidade da Polêmica, no bairro de Brotas.
Relação criminosa
A advogada Poliane, presa nesta quinta-feira (27) na Operação Rainha do Sul com R$ 190 mil em espécie, era a principal articuladora de Léo Itinga.
A polícia civil aponta que Poliane manteve um relacionamento íntimo com o líder da facção, sendo responsável por transmitir as ordens estratégicas dele para os comparsas fora da cadeia. Ela atuava na reorganização de territórios, articulação de cobranças e mantinha a comunicação direta entre o líder preso e as lideranças externas da facção.
O líder de alta periculosidade continuava exercendo o comando da facção criminosa de dentro do presídio de segurança máxima.
Segurança máxima
Léo Itinga está custodiado no Conjunto Penal de Serrinha, presídio de segurança máxima no estado, destinado à presos que cumprem pena em regime fechado, além de presos provisórios em circunstâncias específicas.
A prisão de Léo Itinga no estabelecimento é justificada no interesse da segurança pública, que permite a custódia de presos provisórios ou condenados de qualquer comarca da Bahia. O local também abriga presos submetidos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).











