O valor pago pela Prefeitura de São Francisco do Conde em combustível, entre os dias 03 de outubro e 07 de novembro de 2025, é tão absurdo que daria para dar cerca de 50 voltas ao redor do planeta. Nesse período de apenas 35 dias, a empresa 2B Economize Combustível Ltda recebeu R$ 1.206.443,80, quantia suficiente para adquirir mais de 201 mil litros de gasolina ou 215 mil litros de diesel. Para se ter ideia do tamanho do escândalo, com 201 mil litros um veículo comum, que faz em média 12 km por litro, rodaria mais de 2,4 milhões de quilômetros o equivalente a aproximadamente 60 voltas completas na Terra, cuja circunferência é de 40 mil quilômetros. Mesmo usando a estimativa mais conservadora, os números não descem pela garganta de ninguém, só pela de Calmon.
Para piorar, grande parte das placas de veículos que aparecem nos registros de abastecimento enviados ao TCM simplesmente não condizem com a realidade. Muitos desses carros estão quebrados, abandonados, sem motor, baixados no DETRAN ou até em ferro-velho, mas aparecem como se estivessem circulando normalmente e sendo abastecidos todos os dias. Há registros de tanques sendo “preenchidos” com quantidades maiores do que a capacidade original do veículo, reforçando a suspeita de abastecimentos fantasmas, superfaturamento e possível esquema de desvio de dinheiro público. Muitos dos contratos estão sendo pagos pela secretaria de Saúde, Graice Tanferi, a verdadeira “Dama” da gestão.
Enquanto isso, o município enfrenta atraso no pagamento de médicos, servidores e do Programa Pão na Mesa, deixando milhares de famílias sem o benefício que garante alimento básico. A cidade vive apagões na saúde, falta de medicamentos, unidades com risco de colapso e denúncias diárias de abandono e descaso. O contraste é revoltante: para as necessidades básicas do povo, a gestão diz que não há recursos; para combustível de carros sucateados e veículos inexistentes, o dinheiro aparece com fartura.
O escândalo do combustível expõe mais uma faceta da incompetência e das possíveis irregularidades da atual administração e a ligação da operação com Carlos André. Em pouco mais de um mês, gastou-se o suficiente para rodar o planeta cerca de 60 vezes, enquanto a cidade mergulha em caos social, financeiro e administrativo. A população se pergunta: quem autorizou, quem recebeu, quem lucrou e até quando esse tipo de prática seguirá impune. O Jornal Candeias já descobriu quem é, e a semana que vem vai fazer Camarão ter medo do mar em São Francisco do Conde.











