Uma investigação silenciosa, conduzida com extremo cuidado por órgãos de controle, começa a revelar um cenário inquietante nos bastidores da Saúde de São Francisco do Conde. Documentos, imagens e relatos que estão vindo à tona apontam para a existência de um possível esquema milionário movimentado longe dos olhos da população, enquanto se discutia a destruição do “Pão na Mesa” e que, segundo fontes, pode provocar uma implosão da atual gestão na cidade do Camarão.
O que se sabe até agora é que as apurações que já estão na redação do JC miram a atuação de um empresário cujo nome verdadeiro ainda não foi confirmado, mas que circula entre codinomes: “Gaiamum”, “Camamu” ou “Cararu”. Ele estaria operando como uma espécie de “cérebro financeiro” de um grupo político com forte influência dentro da administração municipal, concentrando os últimos pagamentos recebidos. Quase três empresas são administradas diretamente por ele.
As informações indicam que esse empresário seria responsável por grandes saques em espécie, movimentando valores expressivos em intervalos muito curtos. Segundo relatos, após essas retiradas, o dinheiro era entregue a um responsável pela distribuição figura já identificada. A parte mais delicada da investigação, porém, envolve o que teria acontecido em seguida.
Fontes ouvidas pela reportagem confirmam a existência de registros que mostram agentes políticos se deslocando até um ponto de encontro para, supostamente, receber valores desses repasses. A reunião teria ocorrido logo após uma movimentação bancária considerada “atípica” e vultuosa. Embora as imagens ainda estejam sob análise, o teor delas é descrito como “devastador” para alguns agentes políticos.
O propósito desses repasses seria o mais explosivo de todo o caso: o pagamento de uma promessa, que não tem nada de santa.
O clima entre os investigadores é de absoluta cautela. Fontes descrevem o caso como “nitroglicerina pura”, afirmando que qualquer passo em falso pode comprometer a integridade de toda a operação e revelar conexões que, até agora, permanecem resguardadas por sigilo.
O temor não é apenas institucional: o esquema envolve dinheiro em espécie, pressão política, contratos sensíveis e a possibilidade real de que o escândalo ultrapasse os limites da cidade.
No centro do furacão, a área da Saúde que já vinha sendo alvo de denúncias e pedidos de investigação agora aparece como a porta de entrada para um suposto mecanismo duvidoso. Os próximos dias serão explosivos.













