O caos se instalou de vez em São Francisco do Conde. Nesta terça-feira (11), professores da rede municipal, que já estavam em greve por salários atrasados, realizaram um grande protesto em frente à Câmara de Vereadores e à Prefeitura. O movimento ganhou força e apoio popular, se transformando em uma das maiores manifestações dos últimos meses no município.
Os educadores cobram pagamento imediato dos salários. Indignados, eles afirmam que a gestão do prefeito Antônio Calmon tem ignorado os apelos da classe e promovido o desmonte da educação municipal.
Durante a manifestação, os vereadores da base governista foram vaiados ao tentar entrar na Câmara, em meio a gritos de “vergonha!” e “paguem o povo!”. “Estamos sem receber e ninguém nos dá uma resposta. O prefeito some, e os vereadores da base principalmente Fábio de Vanessa Dantas – que a secretaria de educação do município – que foi apoiado pela nossa categoria finge que nada está acontecendo”, desabafou a professora Maria revoltada. O sindicato dos servidores públicos
(SINDSEFRAN) e os servidores também se fizeram presentes.
Beneficiários do Pão na Mesa também se juntam ao protesto
O protesto dos professores se uniu ao dos beneficiários do programa Pão na Mesa, que nesta manhã já haviam se concentrado em frente ao Ministério Público (MP-BA) para denunciar o descumprimento da decisão judicial que obrigava o pagamento do benefício até ontem (10). “O povo tá sem pão na mesa, os professores sem salário e o prefeito sem vergonha”, dizia uma das manifestantes.
Clima de tensão e ameaça à vereadora que propôs CPI
A situação se agravou ainda mais após a vereadora Lígia Santa Rosa colher assinaturas com requerimento de instalação da CPI dos Medicamentos. Logo após iniciar as assinaturas, ela recebeu junto com seu marido ameaças de morte e denunciou o caso no Plenário. Ao término da sessão, a vereadora procurou a Secretaria de Segurança Publica da Bahia para denunciar os fatos.
Câmara sitiada e governo encurralado
Com a Prefeitura, o Ministério Público e a Câmara sendo alvos simultâneos de protestos, a cidade vive um clima de instabilidade e revolta generalizada. A gestão Calmon enfrenta agora três frentes de crise na educação, na assistência social e na saúde , além do isolamento político crescente dentro do próprio Legislativo. “É o colapso total de uma gestão que perdeu o controle, o diálogo e o respeito do povo”, afirmou um morador, acompanhando o ato em frente à Câmara. O Jornal Candeias segue acompanhando os desdobramentos dessa crise que paralisou São Francisco do Conde e colocou o governo Calmon contra a parede diante da justiça e da população.
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