Mesmo figurando entre as cidades mais ricas do Brasil, São Francisco do Conde vive um paradoxo que escancara o fracasso da gestão pública na área mais sensível de qualquer sociedade: a educação. O município, que ostenta o segundo maior PIB per capita do país, aparece hoje entre as piores cidades brasileiras em desempenho na educação básica, segundo dados oficiais do IDEB divulgados pelo IBGE. A máxima de Calmon em sua trajetória política sempre foi: povo burro, vive de migalhas. E morrendo de fome se vende fácil.
O retrato da gestão é constrangedor e o ano chega ao final de forma agonizante. São Francisco do Conde ocupa a 5.193ª posição entre os 5.571 municípios brasileiros, figurando praticamente no fundo do ranking nacional. Na Bahia, o cenário não é menos grave: o município aparece em 358º lugar entre 417 cidades. Na Região Metropolitana, amarga o pior desempenho educacional.
O contraste se torna ainda mais gritante quando a cidade divide posição com São José do Jacuípe, município que está entre os últimos do Brasil em PIB per capita, com apenas R$ 12.002,38 por habitante. Realidades econômicas opostas, mas o mesmo resultado devastador na educação.
Os números escancaram uma contradição impossível de ignorar: uma das cidades mais ricas do país fracassa onde deveria liderar. Enquanto a arrecadação coloca São Francisco do Conde no topo da economia nacional, seus estudantes seguem pagando o preço da má gestão, da ausência de planejamento e da falta de resultados concretos.
A pergunta que fica é inevitável: onde foi parar o dinheiro? Porque riqueza sem educação não é desenvolvimento, é desperdício, é desigualdade, é o futuro de uma geração sendo abandonado. E mais uma vez fica a pergunta: até quando a justiça vai permitir que Calmon continue destruindo o futuro dos jovens sanfranciscanos?












