O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, criticou o oitavo pedido de empréstimo do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) em apenas 18 meses de governo. Desta vez, a solicitação foi para contratar R$ 253 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Caso seja aprovado, o petista vai acumular cerca de R$ 6 bilhões em operações de créditos.
“Não dá para a Assembleia assinar um cheque em branco para o governador. Eu não sou contra o governo ter investimentos, ampliar os seus recursos, mas tem que dizer ‘a gente vai botar o dinheiro onde?’ Vai fazer o quê? Vai pagar como? Essa é a grande discussão nossa, que é uma coisa que não vem acontecendo com transparência por parte do governo do estado. E quando a gente olha um ano e meio do governador Jerônimo, qual é o resultado do trabalho dele nas áreas mais essenciais para os baianos? Acho que é essa questão”, afirmou Neto.
A declaração do ex-prefeito de Salvador ocorreu durante uma entrevista coletiva na cidade de Cruz das Almas, no Recôncavo baiano, na noite deste sábado (22). Neto acompanhou, a convite do prefeito da cidade, Ednaldo Ribeiro (Republicanos), o São João do município.
O último empréstimo aprovado pela Alba aconteceu há menos de um mês, no dia 28 de maio. A gestão Jerônimo foi autorizada a captar US$ 400 milhões junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), o que equivale a mais de R$ 2 bilhões.
De acordo com a proposta, desta vez, os recursos serão destinados ao Projeto Sertão Vivo – Semeando Resiliência Climática nas Comunidades Rurais do Nordeste (PCRP). O governador da Bahia ainda solicitou a urgência do projeto para que a matéria seja analisada diretamente no plenário da Casa, sem precisar passar antes por discussões em comissões temáticas do Legislativo.
Em nota, a Secretaria da Fazenda afirmou que “as operações de crédito contratadas pelo Estado da Bahia estão respaldadas pela consistente realidade financeira das contas estaduais”. O órgão estadual também afirmou que o Governo do Estado está situado em “patamar confortável com relação aos parâmetros da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).”