zagueira Suelen, do Bahia, relatou ter sido chamada de “macaca” pelo técnico português Hugo Duarte, do JC do Amazonas, após empate por 0 a 0 na noite desta segunda-feira (8), no estádio de Pituaçu. A partida foi válida pelas quartas de final do Brasileirão Feminino A2.
Duarte foi preso em flagrante por injúria racial e aguardava audiência de custódia na manhã desta terça (9), informou ao assessoria da Polícia Civil.
A suposta ofensa ocorreu quando a atleta baiana comemorava o resultado do confronto, que assegurou o acesso da equipe tricolor à primeira divisão. O Esquadrão jogava pela vantagem por ter vencido o duelo de ida por 2 a 0.
Após serem acionados, militares do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (Bepe) conduziram o treinador para a 1ª DT (Delegacia Territorial) dos Barris, onde o boletim de ocorrência foi registrado. Em depoimento, Duarte negou a acusação.
“Imediatamente, os policiais foram conter a confusão, no momento em que uma jogadora do Bahia chegou chorando e expondo que o técnico do time adversário tinha cometido crime de injúria racial contra ela”, informou a PM à reportagem.
Suelen foi à unidade policial acompanhada do diretor de Operações e Relações Institucionais do Bahia, Vitor Ferraz, e de um advogado criminalista. Outras jogadoras e funcionários se apresentaram como testemunhas.
Em nota, o Esporte Clube Bahia SAF diz manifestar toda solidariedade a Suelen ao tempo em que cobra resposta à altura da gravidade do assunto.
Também por meio de um comunicado, o JC disse repudiar qualquer ato de racismo ou injúria contra qualquer pessoa. Afirma que o clube e o jurídico estão averiguando “todas as informações necessárias dos acontecimentos ali presenciados para realizar os procedimentos cabíveis onde não haja informações infames ou caluniosas que prejudiquem quaisquer que sejam os envolvidos”.