Os rifeiros Ramhon Dias e Nanan Premiações foram transferidos nesta sexta-feira (27) para o Complexo Penitenciário Lemos Brito, em Salvador. Eles foram presos no início de setembro durante a Operação Falsas Promessas, conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), que busca desmantelar uma organização criminosa envolvida com jogos de azar e lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas.
Recapitulando o caso, a Justiça baiana determinou, em audiências realizadas, a prisão temporária de todos os suspeitos detidos na operação. Ao todo, foram conduzidas 21 audiências que resultaram na decisão de manter os investigados em custódia por 30 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 30, conforme o andamento das investigações. Três investigadas, mães de crianças menores de 12 anos, receberam o benefício da prisão domiciliar com monitoração eletrônica.
A operação revelou que as rifas realizadas por Ramhon Dias e Nanan Premiações eram utilizadas para lavar dinheiro, segundo a delegada Márcia Pereira, diretora do Draco-LD. “Essas premiações eram feitas de formas ilícitas, sem nenhum tipo de regulamento, onde os prêmios rodavam entre eles mesmos”, disse. A investigação durou um ano e revelou que o esquema movimentou mais de R$ 500 milhões.
Em uma das ações da operação, a Polícia Militar de Santa Catarina apreendeu uma Lamborghini avaliada em R$ 5 milhões, associada a Nanan Premiações. O veículo foi encontrado em uma oficina em Balneário Camboriú e, segundo a polícia, foi levado para lá para atrapalhar as investigações.
A prisão dos dois influenciadores expôs uma organização criminosa com ramificações na Bahia, Goiás e Ceará, desarticulada após uma investigação minuciosa. No total, 21 pessoas foram presas, incluindo 14 na Bahia, 5 em Goiás e 1 no Ceará.