O vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, disse em entrevista ao jornal Correio que a oposição na Bahia chegará “mais viva do que nunca” à disputa pelo governo do Estado em 2026. Ele também voltou a apontar o governador Jerônimo Rodrigues (PT) como o “principal derrotado” pelo revés do vice Geraldo Júnior (MDB), em terceiro lugar na disputa em que o prefeito Bruno Reis (União Brasil) acabou reeleito com um número expressivo de votos.
“Quando a gente perdeu em 22, muitos, de maneira indevida e equivocada, apostavam que a gente iria desaparecer. Mostramos agora, ao contrário, que saiu maior, mais forte das urnas do que entramos. Estamos mais vivos do que nunca e com muita confiança. Nós vamos fazer um trabalho com inteligência, compreendendo como avançar no que é o nosso maior desafio, que são as [cidades] pequenas e médias. Como é que é possível construir um caminho que necessariamente não passa pelo modelo tradicional de pedir voto, reconhecendo as nossas limitações e aproveitando a vitória nas grandes cidades para construir um trabalho mais regional, um trabalho que irradie por municípios pequenos e médios, que possam ser influenciados pelos maiores. Então, a gente com calma, com tempo, vai organizar isso”, declarou.
Questionado sobre sua eventual candidatura ao Palácio de Ondina, quando deverá enfrentar o governador Jerônimo Rodrigues (PT), o ex-prefeito de Salvador disse que o momento é de celebrar a vitória de Bruno Reis, seu sucessor e afilhado político.
“Primeiro, a gente está curtindo a vitória de Bruno. Segundo, ainda tem uma eleição em Camaçari daqui a 20 dias. Então, é tudo na sua hora, no seu tempo. Eu, antes de definir se sou ou não candidato, quero estruturar um projeto para o meu campo político. Se compreender adiante que meu nome é o nome e que eu devo ser candidato, não vou me furtar a isso. Mas não é agora essa decisão. Não é agora a notícia de candidatura, agora é o momento de curtir a nossa vitória”, disse.
Para ACM Neto, o grupo liderado por ele na Bahia saiu fortalecido das urnas. “Não podia ter sido melhor para gente por um conjunto de coisas. Começando por Salvador, Bruno (Reis) ter tido quase 79% dos votos e, é claro, pela terceira colocação do candidato Geraldo Júnior, que é o vice-governador do estado da Bahia. Então, o peso dessa vitória é muito maior, o simbolismo é muito maior. É [uma vitória] consagradora do trabalho de Bruno. Depois, uma demonstração clara e flagrante do fracasso até agora de Jerônimo Rodrigues. O principal derrotado da eleição é ele [Jerônimo]. Afinal de contas, o vice-governador dele, o candidato dele, ficou em terceiro lugar na eleição.”