A gestão de Jerônimo Rodrigues voltou a ser criticada na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) após o envio de um novo pedido de empréstimo no valor de 500 milhões de dólares, cerca de R$ 2,8 bilhões.
Essa nova solicitação marca a 15ª operação de crédito proposta em menos de dois anos, totalizando um montante de R$ 13 bilhões desde o início do governo. O líder da oposição, deputado Alan Sanches (União Brasil), manifestou preocupação sobre os impactos dessas decisões nas finanças públicas estaduais.
Para Sanches, a falta de clareza nos planos de aplicação dos recursos pode comprometer o futuro financeiro do estado.
“Nossa preocupação é que esses valores se transformem em uma dívida impagável para o povo baiano, além do que ninguém sabe se os investimentos realmente vão acontecer em benefício da população. É inaceitável que o governo continue a buscar crédito sem demonstrar um plano claro de execução e sem discutir com a sociedade como esses recursos serão aplicados”, disse Sanches.
“Parece que o governador perdeu a noção da razoabilidade. Daqui a pouco, com tantos pedidos, ele vai querer propor a criação de uma secretaria estadual de empréstimos”, emendou.
Comparando a atual gestão com a do ex-governador Rui Costa (PT), Sanches destacou que Jerônimo já requisitou, em menos de dois anos, um valor equivalente ao que Rui solicitou durante oito anos. A oposição alega que a postura financeira da gestão de Jerônimo gera instabilidade e questiona a governança das contas estaduais.
“Estamos lidando com um governo que toma decisões financeiras de alto impacto sem prestar contas e sem a devida clareza. A falta de governança de Jerônimo está semeando instabilidade nas contas públicas da Bahia. Isso é muito grave”, alertou o líder da oposição.
“A gente não pode aceitar tamanha irresponsabilidade com o orçamento estadual, sem questionar a real necessidade desses empréstimos, já que eles dizem que a Bahia está com as contas em dia”, acrescentou, ao cobrar que o Governo do Estado apresente aos deputados um plano detalhado sobre como e onde os recursos serão aplicados, especificando as áreas e os resultados pretendidos.