O dólar comercial operava com forte baixa perante o real nesta quinta-feira (5), em linha com as quedas em mercados emergentes, à medida que investidores ainda digeriam dados sobre os Estados Unidos (EUA) divulgados na véspera e acompanhavam a tentativa do governo brasileiro de aprovar seu pacote fiscal ainda neste ano, de acordo com informações do portal InfoMoney.
Na véspera, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para duas propostas que integram o pacote fiscal do governo, o que elimina a exigência de determinados prazos e acelera a tramitação.
Os investidores têm mostrado pessimismo em relação ao pacote — que prevê uma economia de 71,9 bilhões de reais nos próximos dois anos — após ele ter sido anunciado junto de um projeto de reforma do Imposto de Renda, gerando dúvidas sobre o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas.
Qual é a cotação do dólar hoje?
Às 11h55, dólar à vista operava com baixa de 1,43%, cotado a R$ 5,961 na compra e R$ 5,962 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 1,35%, a 5.980 pontos.
Na quarta-feira, o dólar à vista fechou o dia com queda de 0,26%, cotado a 6,0469 reais, após ter atingido na segunda-feira o maior valor nominal de encerramento da história, de 6,0652 reais.
O Banco Central (BC) fará nesta sessão leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,993
Venda: R$ 5,994
Dólar turismo
Compra: R$ 6,047
Venda: R$ 6,227
O que aconteceu com dólar hoje?
O real era beneficiado por um recuo amplo da moeda norte-americana no exterior, conforme investidores ainda avaliavam dados da véspera que reforçaram cenário de desaceleração gradual da economia dos EUA, o que pode favorecer maior afrouxamento monetário pelo Federal Reserve.
Números da ADP na véspera mostraram que foram gerados 146.000 empregos no setor privado dos EUA em novembro, após avanço revisado para baixo de 184.000 em outubro. Economistas consultados pela Reuters previam que o emprego privado aumentaria em 150.000 vagas após um salto de 233.000 em outubro.