A partir do dia 2 de fevereiro, turistas que visitarem a praia de Baixio, no litoral norte da Bahia, deverão pagar uma taxa de acesso. A medida, anunciada pelo prefeito de Esplanada, Nandinho da Serraria (PT), será aplicada a veículos de fretamento turístico, como ônibus e vans usados em excursões e passeios. O valor da tarifa ainda não foi divulgado.
Segundo a prefeitura, a cobrança busca organizar o fluxo de visitantes e preservar o ambiente local, considerado um dos principais destinos turísticos da região. Em nota divulgada no Instagram, a administração municipal informou que “no último domingo, foi realizada uma barreira educativa para conscientização sobre a regularização das taxas obrigatórias. A partir de 2 de fevereiro, as barreiras passarão a ser de fiscalização efetiva”.
A decisão tem gerado preocupação entre moradores e comerciantes locais, que temem que a cobrança afaste os turistas, prejudicando a economia da região, que depende do turismo.
Investimento bilionário: resorts e aeródromo em Baixio
Além da taxa de acesso, a região de Baixio está no centro de um ambicioso projeto turístico. Em novembro de 2024, o Grupo Prima anunciou um investimento de R$ 5,6 bilhões para a construção de três resorts de luxo e um aeródromo. O empreendimento, descrito como o maior investimento privado em turismo do Brasil, busca transformar o distrito em um dos principais polos turísticos do país.
O aeródromo será construído no município vizinho de Conde, com apoio do governo baiano para desapropriações. Apesar das expectativas positivas para o turismo, o projeto levanta preocupações sobre os impactos socioeconômicos e ambientais para a comunidade local.
Rúben Escartín, CEO do Grupo Prima, explicou a escolha do local: “Consultamos grandes operadores hoteleiros e percebemos que Baixio reúne condições ideais, como clima favorável, proximidade de Salvador e conexões internacionais. Queremos criar um destino que seja referência, como a Riviera Maya no México”.
A iniciativa promete transformar a dinâmica da região, mas traz consigo desafios relacionados à sustentabilidade e à integração com a comunidade local.