O deputado estadual Penalva (PDT) criticou nesta terça-feira (28) as declarações do governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre a situação da saúde e educação na capital baiana. O parlamentar acusou o chefe do Executivo estadual de tentar transferir responsabilidades e até mesmo culpar o Poder Judiciário por cobrar soluções para problemas que, segundo ele, são de competência do governo.
“A fila da regulação é um problema há muitos anos. Como o governador parece não conseguir resolver, por incompetência ou incapacidade, tenta transferir a responsabilidade para a Prefeitura de Salvador e, aparentemente, para todos os municípios que são governados por partidos de oposição. É completamente ilógico imaginar que as UTIs dos hospitais estão lotadas por causa das prefeituras. É uma realidade paralela. Desse jeito, Jerônimo merece ganhar o Oscar de melhor ator de ficção”, declarou Penalva.
O deputado comparou a atuação do governo estadual com a gestão municipal e afirmou que a Prefeitura de Salvador, ao contrário do Estado, assumiu os desafios e buscou soluções concretas.
“Quando nosso grupo assumiu, com ACM Neto, Salvador tinha apenas uma UPA, que nem funcionava, e 18% de cobertura de atenção básica. É óbvio que isso era muito baixo. Hoje, são 13 UPAs e quase 70% de cobertura. Nós encaramos o problema, ao contrário da gestão petista, que insiste nessa velha prática de transferir responsabilidade. E o pior: quem paga o preço é o povo”, disse.
Em relação à educação, Penalva destacou os investimentos feitos pelo município, que resultaram na melhora dos índices educacionais da capital nas avaliações nacionais.
“Enquanto isso, a Bahia segue amargando o título de pior educação do país, justamente por falta de ação do governo. E aí nem adianta discurso demagógico, porque os números falam por si”, pontuou.
Por fim, o parlamentar ressaltou que a cobrança do Judiciário sobre a fila da regulação comprova que a questão é uma atribuição do governo estadual.
“E é de fato. A fila da regulação está lotada de cirurgias eletivas, hemodiálise, oncologia, problemas cardíacos, pessoas que sofrem traumas graves. Ou seja: problemas da alta complexidade, que é responsabilidade do governo do estado. É assim no mundo real, não na ficção que o governador tenta criar na sua narrativa”, concluiu.