Paulo César Alves Figueira, vulgo ‘Paulo Escopeta’, foi abatido em Jacobina, no interior da Bahia no sábado (17). Acusado de crimes de alta periculosidade, o ‘trafica’ teve o cerco fechado após uma troca de tiros com equipes da Polícia Civil.
Natural de Irecê, Escopeta tinha uma longa carreira no crime, além de ser um dos fundadores da facção Bonde do Maluco (BDM). O ex-policial militar, que já foi um dos nomes mais procurados do estado, figurando como a carta ‘Dama de Ouro’ do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), também participava da quadrilha de José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, morto em 2019, no Mato Grosso do Sul.
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Mas apesar do histórico pesado de violência, nada se compara à sua participação em roubos de grande porte. É estimado que o bandido tenha participado de pelo menos 10 operações desse tipo.
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A delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, afirmou que o elemento possuía uma extensa ficha criminal.
“Ele era um indivíduo com grande parte da sua vida comprometida com o crime. Extremamente perigoso, inclusive envolvido com roubo a bancos, utilizando armamentos de longo alcance. Mesmo depois de ser liberado do presídio, ele continuou com a prática criminosa, o que culminou em sua morte”, disse.
Prova disso é que, em 2017, Paulo Escopeta teve seu nome ligado a um dos maiores assaltos da história, quando um grupo de criminosos, incluindo ele, roubou US$ 120 milhões da transportadora Prosegur em Ciudad del Este, no Paraguai. O ex-PM caiu no xilindró no mesmo ano.
Mesmo após ficar preso até outubro do ano passado, Escopeta retomou sua vida criminosa e, mais recentemente, estava sendo investigado pela morte do empresário “Dudu”, em Morro do Chapéu, no último mês de janeiro. O latrocínio aconteceu após a vítima ser atraída para um local afastado, onde foi assassinada e teve seus bens roubados. As investigações apontaram o ex-PM como o autor do crime.
A delegada detalhou o processo de captura do bandido perigoso. “Começamos as investigações, conseguimos um novo mandado de prisão, e ontem obtivemos a informação de que ele estava na região de Jacobina. As equipes seguiram a pista, e a informação que tínhamos era de que ele estaria prestando um serviço a uma determinada milícia que também estamos investigando. Quando fizemos a abordagem, ele reagiu, houve um confronto, e infelizmente ele faleceu”.
Fim da linha
Na noite de sua morte, a polícia recebeu um mandado de prisão preventiva contra o criminoso, cumprido em Jacobina. Escopeta, que estava em um carro, reagiu atirando contra os policiais, mas foi baleado.
Pegue a visão:
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A troca de tiros terminou com sua morte, e, na casa do ex-PM, a polícia apreendeu mais armas, munições, uma balaclava e porções de maconha.
“Nossos policiais estavam cumprindo mandados de busca e apreensão em sua residência e encontraram drogas e indícios de tráfico”, finalizou Heloísa Brito.