A violência tomou conta da Bahia, e o avanço desenfreado das facções criminosas transformou o estado em um verdadeiro campo de guerra. O terror imposto por esses grupos já não se restringe a confrontos entre rivais: agora, qualquer pessoa pode ser vítima, até mesmo dentro de casa. A população já não tem paz.
Casos como o da pequena Lara Lis Santos Rangel, de apenas 6 anos, morta por uma bala perdida enquanto dormia, e o da dentista Larissa Azevedo Pinheiro, atingida por um tiro durante um tiroteio entre policiais e traficantes na Avenida Paralela, em Salvador, são reflexos da crueldade e da impunidade que dominam o estado. A morte de Larissa, ocorrida há poucos dias, chocou a todos: uma profissional que dedicava a vida a cuidar de sorrisos em Candeias teve sua trajetória brutalmente interrompida pela violência que assola a Bahia.
O governo não tem uma política pública eficiente para combater o tráfico de drogas e as facções criminosas que se espalham pelo estado. As iniciativas que foram implementadas são insuficientes e falhas, muitas vezes sem o acompanhamento necessário para garantir resultados. A falta de investimentos em segurança e de ações coordenadas entre as diversas esferas de governo contribui para que o crime se perpetue. Enquanto isso, a população paga o preço da ineficiência das autoridades, que parecem cada vez mais distantes da realidade das ruas.
Esses crimes são apenas alguns exemplos de um problema muito maior: a escalada da violência no estado. Enquanto as facções se fortalecem, o povo se enfraquece, refém do medo. Sair de casa se tornou um risco, mas permanecer dentro dela também não garante segurança.
E onde estão as autoridades? O que está sendo feito para frear essa onda de terror? A sensação é de abandono. A polícia, muitas vezes sucateada e sem estrutura, luta contra um inimigo que cresce a cada dia. O tráfico de drogas, principal combustível dessa violência, segue avançando sem freios, e a população continua contando mortos.
Até quando veremos trabalhadores, crianças e mulheres sendo assassinados? Até quando inocentes pagarão com a vida pelo descontrole da segurança pública? A Bahia pede socorro. Mas quem está ouvindo?