O apresentador e narrador da seleção brasileira em Copas do Mundo, Galvão Bueno, criticou a possível nova camisa para a Copa do Mundo de 2026, na cor vermelha, afirmando que o uniforme seria uma “ofensa sem tamanho” e “um crime”. As declarações foram feitas por Galvão, tanto em seu programa “Galvão e Amigos”, exibido na Band, quanto em suas redes sociais.
“Saiu a notícia de que a fornecedora de camisas da seleção, em acordo com a CBF, para a Copa do mundo de 2026, a camisa azul vai deixar de existir e terá uma camisa vermelha. O que tem isso a ver com a história. Isso é uma ofensa, sem tamanho, à história do futebol brasileiro. Estou muitíssimo na bronca”, disse Galvão. “Isso seria um crime”, escreveu também o apresentador, por meio de suas redes sociais.
Segundo matéria do Estadão, o possível novo uniforme da seleção foi divulgado pelo site Footy Headlines, conhecido por “vazar” as camisas de clubes antes de seu lançamento, detalha que o uniforme 2 do Brasil será avermelhado e levará o logo da Jordan – que já foi estampado em camisas do Paris Saint-Germain, por exemplo –, no lugar do tradicional logo da Nike.
Caso a camisa esteja, de fato, nos planos da marca, ela teria de ser aprovada pelos diretores da CBF já que, segundo o estatuto da confederação, não é permitida a utilização de cores que não estejam na bandeira – verde, amarelo, azul e branco.
A versão mais atual do texto estabelece, em seu capítulo III, artigo 13, inciso III, as cores padrão do uniforme da seleção. Nele, apesar de delimitar que sejam utilizadas as mesmas cores presentes na bandeira, existe uma “brecha” para que, em casos especiais, seja aprovado um uniforme diferente.
“Os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF (…), não sendo obrigatório que cada tipo de uniforme contenha todas as cores existentes na bandeira e sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria”, diz o documento.
Em 2023, por exemplo, a CBF lançou um uniforme em homenagem a Vinicius Júnior e em alusão à luta contra o racismo. Em amistoso contra a Guiné, a equipe, comandada por Ramon Menezes, atuou com as cores pretas.