A morte de uma recém-nascida por falta de atendimento adequado comoveu moradores da cidade de Cafarnaum, na região de Irecê, interior da Bahia. A bebê, que nasceu com uma grave cardiopatia congênita, aguardou por mais de um mês uma cirurgia urgente que não foi realizada a tempo. A demora na liberação da regulação pelo SUS foi determinante para a morte da criança, segundo relatos da família.
Segundo informações apuradas pelo Informe Baiano, a criança era uma das gêmeas nascidas no início de abril e foi internada logo após o parto na UTI da Maternidade Professor José Maria Magalhães Neto, em Salvador. Médicos alertaram que o procedimento cardíaco deveria ocorrer ainda na primeira semana de vida. No entanto, a vaga para a cirurgia só foi autorizada pelo Governo da Bahia no domingo, 11 de maio — mais de 30 dias após o nascimento.
Transferida para o Hospital Ana Nery, referência em cirurgia cardíaca pediátrica, a bebê não resistiu antes de ser submetida ao procedimento.
O caso gerou forte comoção em Cafarnaum, onde a família mobilizou campanhas nas redes sociais ao longo das semanas de internação. Amigos e moradores expressaram indignação e prestaram solidariedade à mãe, identificada como Caroline.
“Que essa história sirva de alerta e gere reflexões e ações efetivas para salvar vidas que não podem esperar”, escreveu um internauta.