O Estádio Roberto Santos (Pituaçu) é uma das grandes preocupações do governo do estado, que tenta conceder o equipamento público à iniciativa privada. Em tentativa frustrada de negociação com o City Football Group, a gestão de Jerônimo Rodrigues (PT) apresentou o plano de conceder o Pituaçu, em conjunto com a Arena Fonte Nova, ao Esporte Clube Bahia.
O Grupo City recusou a proposta de assumir a administração dos dois estádios e demonstrou interesse apenas pela Arena Fonte Nova, onde o Bahia manda os jogos do time profissional masculino. Com a negativa do Tricolor, o governo deve estudar uma nova solução para o estádio.
Segundo dados da Superintendência dos Desportos da Bahia (SUDESB), os custos de funcionamento, incluindo energia elétrica, atingiram R$ 4 milhões até julho de 2024. Além disso, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) identificou problemas de infraestrutura e recomendou adequações nos equipamentos de segurança do estádio.
Apesar de ter capacidade para 32.157 torcedores, o Estádio Roberto Santos foi utilizado em 2024 apenas para jogos do Campeonato Baiano (Séries A, B e competições de base), Série D do Campeonato Brasileiro e competições de futebol feminino; em grande parte, jogos com pouco público e que geram prejuízo para a administração do estádio.
Entre março e outubro do ano passado, o estádio recebeu 170 partidas, o que impactou diretamente na qualidade do gramado. A situação ainda foi agravada por um forte período de chuvas no mês de junho, e as medidas tomadas para conter os danos não foram eficientes.