Em uma noite de emoção até o último minuto, o Bahia venceu o Atlético-MG por 2 a 1 neste sábado (12), na Arena Fonte Nova, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de abrir o placar com um golaço de Luciano Juba e sofrer o empate nos acréscimos, o Tricolor reagiu de forma imediata e garantiu os três pontos com um gol salvador de Michel Araújo, já aos 52 do segundo tempo.
O resultado leva o Bahia aos 24 pontos e recoloca a equipe no G-4 da Brasileirão, ocupando momentaneamente a 3ª colocação. A campanha soma agora sete triunfos, três empates e três derrotas em 13 jogos. O Atlético-MG, por sua vez, segue com 20 pontos e permanece na 8ª posição.
O próximo desafio do Esquadrão será na próxima terça-feira (15), às 21h30, novamente na Fonte Nova, contra o América de Cali, da Colômbia, pela fase de playoffs da Copa Sul-Americana.
O jogo
O início da partida foi acelerado, com as duas equipes apostando em transições rápidas e jogadas verticais. Apesar da intensidade, os primeiros minutos não geraram chances claras de gol.
Com o apoio da torcida e o fator casa a seu favor, o Bahia logo passou a dominar as ações e empurrou o Atlético-MG para o campo de defesa.
Pelo lado do Galo, Hulk foi o principal escape ofensivo. O camisa 7 se impôs fisicamente, venceu duelos individuais e causou incômodo à defesa tricolor, mas sem conseguir transformar isso em chances perigosas.
Aos 14 minutos, Ademir sofreu falta na entrada da área, em lance que gerou dúvida na arbitragem sobre um possível pênalti. Após revisão do VAR, o árbitro confirmou a infração fora da área.
Na cobrança, Luciano Juba foi para a bola, mas o chute não levou grande perigo ao jovem goleiro Gabriel Delfim, que fazia apenas seu quinto jogo como profissional.
Na sequência, o Bahia teve nova oportunidade em bola parada. Willian José bateu com força e obrigou Delfim a fazer grande defesa, mostrando segurança sob as traves.
O Atlético respondeu aos 24 minutos, também em falta frontal: Hulk bateu forte e Marcos Felipe salvou o Esquadrão. Pouco depois, em nova cobrança, o atacante mandou para fora em bola que passou rente à trave.
A reta final da primeira etapa foi marcada por maior presença ofensiva do Bahia, que passou a controlar o jogo e empolgou o torcedor nas arquibancadas.
Mesmo sem grande inspiração na criação de jogadas, o time de Rogério Ceni encontrou espaços pelas laterais e passou a apostar em cruzamentos na área.
Com pouca efetividade, o primeiro tempo terminou sem gols e sem que nenhuma das equipes conseguisse impor plenamente seu estilo de jogo.
Na segunda etapa, Rogério Ceni trocou Willian José por Lucho Rodríguez. O atacante uruguaio, que vive um longo jejum de gols com a camisa do Bahia, foi a escolha para dar mais mobilidade e energia ao setor ofensivo, renovando o fôlego do time no terço final do campo.
Do outro lado, o Atlético-MG voltou melhor do que no primeiro tempo. Nos minutos iniciais, conseguiu ocupar mais o campo ofensivo, trocando passes com paciência e tentando controlar o ritmo da partida.
Mas a tentativa de reação mineira foi interrompida de forma fulminante. Aos 7 minutos, Luciano Juba pegou de primeira, com a bola ainda no ar, e acertou um belo chute no canto. Um golaço, indefensável para Gabriel Delfim, que só pôde acompanhar com os olhos.
Depois de abrir o placar, o Bahia não recuou. Pelo contrário: manteve a marcação alta, pressionou a saída de bola e continuou impondo intensidade, empurrado pela torcida na Fonte Nova.
Minutos após o gol, o ritmo da partida caiu. O Esquadrão passou a controlar o jogo com cautela, valorizando a posse e explorando os espaços deixados pelo adversário. A estratégia era clara: administrar a vantagem.
O Atlético-MG tentou reagir com mudanças. Cuca lançou Cuello, Igor Gomes e Júnior Santos na tentativa de renovar o fôlego do time e buscar mais presença no campo ofensivo.
Mesmo com as alterações, o Galo seguiu travado diante da marcação bem postada do Tricolor. Marcos Felipe, praticamente, não foi exigido na etapa final.
O fim da partida foi digno de roteiro de cinema. Aos 46 minutos do segundo tempo, o Atlético-MG arrancou o empate com Hulk, que marcou um belo gol olímpico e deixou tudo igual.
Quando parecia que o triunfo havia escapado, o Tricolor respondeu com personalidade: aos 52, Michel Araújo marcou o segundo gol do Bahia, incendiando a torcida e decretando o resultado heroico.
Fim de papo em Salvador: 2 a 1 para o Bahia, que mantém a ótima fase, volta ao G-4 e reforça o peso da Fonte Nova como trunfo decisivo na campanha do Brasileirão.
