O ex-coordenador da Coordenação de Recursos Especiais (Core), Douglas Pithon, que comandou a unidade até 2024, voltou a se posicionar após a Rede Bahia revelar novos detalhes de uma investigação que apura desvios de armas durante a operação.
“Sempre lutei uma guerra sem trégua contra o mal. Mas nunca imaginei que travaria uma luta contra inimigos ocultos, covardes e traiçoeiros. A ficção se revela na realidade, o sistema é f@da parceiro! São mais de 20 anos dedicados a atividade policial, com muito sangue, suor, sacrifício e devoção”, postou o investigador.
Áudios divulgados pela Rede Bahia
Áudios do policial civil Douglas Pithon, enviados a um agente subordinado, sugerem um alinhamento de depoimentos prestados na investigação de um suposto esquema de desvio de armas. O material foi divulgado, na manhã desta quinta-feira (14), pela Rede Bahia.
“Irmão, se ligue. Em relação aquelas “apreensão” daquelas armas. […] Doutor Tormes tá fazendo outro procedimento em Itinga, que é o procedimento de apreensão das armas. Aquela p**** lá que badalou com a prisão dos “polícia” [militares] que de alguma maneira “tava” revertendo pra policia civil, no caso ele, né. Então a gente vai fazer uma oitiva relativamente diferente da que feita lá com Adam”, disse Pithon.
Na ocasião, ele se referia a um depoimento dado ao responsável pela Delegacia Especializada Antissequestro, delegado
Adailton Adam, que começou a investigar o suposto esquema e a conexão com a morte de dois homens: Joseval Santos Souza e o enteado dele, Jeferson Sacramento Santos, que foram levados para o local da ação e encontrados mortos dias depois.
Douglas Pithon envia os registros do próprio depoimento, bem como dos outros que estiveram na ação, para que o colega dê
“uma lida”. Além disso, ele pontua que tudo está “alinhado” com Arthur Gallas, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom).