Uma multidão se reuniu na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (17), para uma celebração às religiões de matriz africana. Com tema “Nunca foi sorte, sempre foi macumba”, foi realizada a 3ª edição da ‘Marcha para Exú’, orixá guardião dos caminhos, da comunicação e da vitalidade.
O evento, que contou com diversos nomes conhecidos das religiões de matriz africana e arrecadou centenas de alimentos para doação a instituições de caridade, teve como objetivo principal exaltar a cultura e reafirmar a importância do candomblé, da umbanda e de outras práticas ancestrais como patrimônios vivos do Brasil, além de quebrar o preconceito da associação de Exu ao demônio.
Crescimento das religiões de matriz africana
Segundo dados do Censo do IBGE, a proporção de brasileiros que se identificam com religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, aumentou de 0,3% em 2010 para 1% em 2022. Esse crescimento reflete um avanço no reconhecimento e na valorização dessas tradições no país. A Marcha para Exu, nesse contexto, vai além de um ato religioso — ela representa uma manifestação de identidade cultural, resistência e busca por respeito e visibilidade social.