O julgamento de Janailton Lomba Almeida, o “Dedei”, acusado de assassinar e ocultar o corpo de Telma dos Santos Leal, ganhou novos contornos com a fala contundente do promotor de Justiça Luís Eduardo Souza, que representa o Ministério Público no caso. Durante sua intervenção no plenário do Fórum de Candeias, o promotor descreveu como, segundo a acusação, o crime teria ocorrido.
Segundo Luís Eduardo, Janailton cometeu o crime com extrema barbárie e crueldade. “Ele estrangulou ela enquanto dormia, já dopada. Colocou-a no carro, saiu, assassinou-a com um revólver e enterrou em algum lugar. O corpo nunca foi encontrado.” Em seguida, o promotor questionou os jurados sobre a gravidade da ocultação do cadáver, estabelecendo uma comparação direta com outro caso de grande repercussão nacional: “Ah, como é que some com um corpo assim? Lembrem do caso do goleiro Bruno.”
Para o promotor, o réu é “mentiroso, frio e covarde”.
Clima tenso no julgamento
A declaração repercutiu entre os presentes, reforçando a tese da acusação de que Janailton teria premeditado o crime e se livrado do corpo de forma a dificultar as investigações.
Mais cedo, os filhos do casal prestaram depoimentos emocionantes, afirmando acreditar que o pai foi o responsável pela morte da mãe. O réu, por sua vez, negou as acusações, dizendo: “Estou sendo julgado por algo que não fiz, tem um bocado de gente apontando o dedo para mim por algo que não fiz.”
O júri popular, composto por sete mulheres, segue ouvindo os debates entre acusação e defesa. O caso, que se arrasta há mais de cinco anos sem que o corpo da vítima tenha sido encontrado, mantém a cidade em expectativa por um desfecho.
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