O júri popular que julgava o caso Telma dos Santos Leal tomou uma decisão surpreendente na noite desta quinta-feira (21). Após mais de cinco anos de investigações, denúncias e mistérios, o réu Janailton Lomba Almeida, conhecido como “Dedei”, foi absolvido das acusações de homicídio e ocultação de cadáver. A decisão foi tomada pelo júri composto por sete mulheres, após intensos debates entre acusação e defesa.
O julgamento
Durante o julgamento, o promotor Luís Eduardo Souza apresentou uma acusação contundente, afirmando que Janailton assassinou Telma por não aceitar o fim do relacionamento de quase 20 anos. Ele descreveu que a vítima teria sido dopada, estrangulada e depois morta a tiros, com o corpo ocultado em local até hoje desconhecido. O promotor chegou a comparar o caso ao do goleiro Bruno, chamando o réu de “mentiroso, frio e covarde”.
Os filhos do casal depuseram de forma emocionante, dizendo acreditar que o pai matou a mãe. Jonatas declarou diante do tribunal: “Está bem na frente de vocês”.
A defesa
Por outro lado, a defesa conseguiu convencer o júri de que não havia provas materiais contra Janailton. “Não existe certeza absoluta de que foi ele quem matou Telma. Não se pode condenar alguém apenas por suposições”, afirmaram os advogados, destacando que o corpo da vítima jamais foi encontrado e que a investigação deixou lacunas graves.
A absolvição
Após horas de análise, as juradas optaram pela absolvição do réu, decisão que gerou comoção e revolta entre familiares e amigos de Telma, que aguardavam por justiça desde 2019. Muitas pessoas presentes no fórum reagiram com gritos e lágrimas ao ouvir a sentença.
Janailton deixou o plenário sob escolta policial, enquanto a defesa comemorava o resultado como vitória da presunção de inocência.
👉 O Jornal Candeias acompanhou o julgamento em tempo real e registrou todos os desdobramentos de um caso que ficará marcado para sempre na memória da cidade.