Um dia após ter o celular e o passaporte apreendidos pela Polícia Federal (PF), o pastor Silas Malafaia criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Durante a realização de um culto quinta-feira (21), na Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), no Rio de Janeiro, o líder religiosoafirmou que Moraes “vai cair” e comparou a PF à Gestapo, a polícia política da Alemanha nazista, segundo informações da Folha de S.Paulo.
“Esse homem vai ser julgado pelas leis desse país ou pelas leis de Deus. Vai chegar a hora dele”, disse Malafaia, ao criticar a decisão do ministro. Ele também reclamou da apreensão de quatro cadernos, onde guardava rascunhos de discursos e mensagens pessoais.
Durante o culto, apoiadores exibiram faixas e mensagens de solidariedade ao pastor. No telão, foi projetada a frase “estamos juntos, pastor”, em apoio ao líder religioso.
Malafaia ainda criticou o vazamento de mensagens encontradas no relatório da PF que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Segundo ele, as conversas mostram que não é “puxa-saco” do ex-presidente. “Sou independente, critico quando tenho que criticar. Tenho intimidade e falo até bobagem”, disse.
Na quarta-feira (20), Malafaia desembarcava no aeroporto do Galeão, no Rio, quando agentes cumpriram ordem de Moraes para apreender seu celular e o passaporte. Após depor, ele chamou o ministro de “criminoso” e “ditador” e admitiu a possibilidade de ser preso.
Segundo a PF, o pastor teria atuado junto a outros investigados na “definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas”, com o objetivo de pressionar o STF e proteger interesses do grupo político.