A prefeita de Cansanção, no interior da Bahia, Vilma Gomes, conhecida popularmente como “Mamãe”, enfrenta um recurso eleitoral que pode resultar na cassação de seu mandato e em sua inelegibilidade. O processo aponta que a gestora teria realizado contratações temporárias em período de conduta vedada pela legislação, além de inflar matrículas de turmas fictícias da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
De acordo com as investigações, Cansanção chegou a registrar 3.170 funcionários contratados, além de um número de matrículas que representaria 40% da população do município.
O caso, que aguarda manifestação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e do Ministério da Educação, é mais um desdobramento envolvendo a prefeita, já condenada à prisão na operação “Making-Off”.
Se a cassação for confirmada pela Justiça Eleitoral, Cansanção deverá passar por um novo processo eleitoral para a escolha de um novo prefeito. Além disso, Vilma Gomes poderá ficar impedida de disputar cargos públicos nos próximos anos.
Em julho, a Justiça Eleitoral já havia mantido a cassação dos mandatos de Vilma e do vice-prefeito Rodrigo Pereira (PT) por abuso de poder econômico e político. A ação foi movida por Thaynara Pereira (Avante), candidata derrotada nas últimas eleições municipais.