Ao ser questionado sobre a situação da segurança pública no estado, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) disse que quando recebe notícias de mortes “a guia dá uma baixada”. A afirmação foi feita em entrevista à Rádio Metrópole na manhã desta sexta-feira (12).
O governador declarou sempre ficar “muito abalado e sentido” quando os relatórios da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que recebe no início da manhã e final da noite, têm relatos de mortes.
Ele negou estar “enxugando gelo” com as ações da SSP. Jerônimo afirmou trabalhar “dia e noite” com o secretário Marcelo Werner, em conjunto com os comandos policiais e as forças da polícia militar, civil e penal. “A batalha mais frontal é com o crime organizado”, disse.
Jerônimo acredita que os comandos das organizações criminosas não estão nas favelas e bairros violentados. Ele citou o caso da operação da Polícia Federal na Faria Lima, um dos bairros mais ricos da capital de São Paulo.
“Faria Lima é a avenida mais rica do Brasil, onde estão os empresários que comandam a economia brasileira. E dali tem um comando do crime organizado relacionando-se com os combustíveis. O cartel tá ali dentro”, afirmou.
Segundo ele, a Bahia não tem produção de armas e drogas, mas essa inteligência do crime vem de outros lugares. Jerônimo afirmou ter pedido ao presidente Lula (PT), ao ministro Lewandowski e aos governadores do nordeste atuação da Força Nacional nas fronteiras do para combater o trânsito de criminosos e armas. Apesar da Bahia realizar operações conjuntas com outros estados, “não é suficiente, tem que ter uma força maior”.
“A Bahia não produz eh fuzis e nós apreendemos quase 60 fuzis esse ano. Mas a gente tira 60 e chega 10, 15, 20. A Bahia não é especializada em laboratório de produção de drogas. Nós desmontamos alguns laboratórios que vem de fora”, afirmou o governador.












