O Ministério Público de São Paulo apura possíveis conexões entre o Corinthians e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O clube vinha sendo investigado pelo uso de cartões de crédito e relatórios de despesas da presidência, mas os trabalhos ganharam outros contornos após depoimento de Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo.
O dirigente declarou ao MP no dia 14 de agosto que “o crime organizado se infiltrou” no Timão. Por causa disso, ele vinha recebendo ameaças por sua atuação.
O promotor do caso, Cássio Roberto Conserino suspeita que os jogadores do Timão, Fausto Vera, Rodrigo Garro e Talles Magno, teriam se hospedado em imóvel ligado a José Carlos Gonçalves, conhecido como Alemão, apontado como figura de peso do PCC. Ele quer saber se o clube teria participado da intermediação no aluguel do apartamento. No entanto, não há nenhuma suspeita que os atletas tenham cometimento de crimes. O trio foi questionado na condição de testemunha.
O Corinthians já havia sido ligado ao PCC em outros casos. Segundo as investigações da Polícia Civil e o MP, o dinheiro do contrato da ex-patrocinadora VaidBet foi direcionado a empresas ligadas à facção. Além disso, o ex-diretor de futebol Rubens Gomes, o Rubão, apontou conexões entre o clube e o crime organizado. Em 2024, o Timão foi citado em apuração que apontou Rafael Maeda Pires, o Japa do PCC, como intermediário das negociações dos atletas Du Queiroz e Igor Formiga.