A violência armada apresentou queda expressiva em Salvador e na Região Metropolitana em outubro, segundo o novo relatório do Instituto Fogo Cruzado. Foram registrados 111 tiroteios, uma redução de 39% em relação ao mesmo mês de 2024, quando ocorreram 183 confrontos. Apesar da melhora, 47% dos casos ainda estão ligados a operações policiais.
Entre os episódios mais marcantes do mês está o de uma criança de 9 anos, baleada enquanto seguia para a escola com o pai, no Nordeste de Amaralina. O menino foi atingido por dois tiros durante uma ação das forças de segurança.
De acordo com Tailane Muniz, porta-voz do Instituto Fogo Cruzado na Bahia, os dados mostram que o modelo de policiamento baseado no confronto continua predominante. “Seguimos com uma política de segurança falida, norteada pelo confronto em detrimento de inteligência. Para a população, só resta o medo”, criticou.
Mortes e feridos em queda
O levantamento indica que 103 pessoas foram baleadas em outubro — 81 morreram e 22 ficaram feridas. Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando 187 pessoas foram atingidas, houve redução de 45%.
Salvador concentrou a maior parte dos casos, com 79 tiroteios, resultando em 49 mortes e 19 feridos. Em seguida aparecem Simões Filho (7 tiroteios e 7 mortos), Camaçari (5 tiroteios e 6 mortos), Candeias (4 tiroteios e 5 mortos) e Dias D’Ávila (4 tiroteios, 3 mortos e 1 ferido).
Os bairros mais afetados na capital foram Mata Escura, Castelo Branco, Lobato, Pirajá e Boa Vista de São Caetano, que concentraram parte expressiva dos confrontos e vítimas fatais.













