A crise provocada pelo esquema bilionário de descontos irregulares no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) segue avançando sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ganhou novos desdobramentos na Bahia, onde entidade sindical passou a integrar o foco das investigações.
O escândalo, que já levou a demissões e prisões, mobilizou o Palácio do Planaltopara reduzir danos. O prejuízo com a fraude está estimada em R$ 6,3 bilhões desviados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. As investigações apontam que 11 associações participavam da prática de descontos não autorizados em benefícios previdenciários.
Na Bahia, o caso ganhou novas atualizações após a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e Agricultores Familiares do Estado da Bahia (Fetag-BA) entrar no radar da CPMI. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a entidade repassou ao menos R$ 2,7 milhões a ex-assessores de políticos do PCdoB.
Os valores teriam sido distribuídos a 21 beneficiários entre 2021 e 2022 e novamente entre 2024 e 2025. A Fetag-BA, que reúne cerca de 400 sindicatos e recebe parte dos descontos associativos aplicados sobre os segurados, é vinculada à Contag, estrutura que, agora, também é investigada.
Parlamentares da CPMI suspeitam que os repasses possam ter servido como “financiamento indireto” de campanhas eleitorais. As movimentações ocorreram próximas aos pleitos de 2022 e 2024 e teriam beneficiado pessoas com atuação política.













