São Francisco do Conde alcançou um novo recorde de arrecadação e, ao mesmo tempo, um novo recorde de negligência. Apenas até o dia 17 de novembro, o município já havia arrecadado quase R$ 25 milhões no mês, e no acumulado de 2025 só em impostos – retirando transferências federais, estaduais, verbas carimbadas – já somam R$ 100.494.668,73 em impostos diversos, ultrapassando o valor previsto para o ano inteiro, que era de R$ 97.538.668,00. Ou seja, existe superávit, sobra de dinheiro, e mesmo assim a Prefeitura mantém atrasados salários de médicos, servidores comissionados e os 12 meses do Programa Pão na Mesa.
Enquanto o povo enfrenta fome, desespero e contas atrasadas, os operadores financeiros ligados ao prefeito seguem recebendo em dia. Documentos e denúncias obtidas pelo Jornal Candeias mostram que pagamentos milionários estão sendo feitos para um operador financeiro apelidado de “Palito” ou “Papito”, com fortes ligações a empreendimentos particulares envolvendo pessoas próximas ao prefeito. A partir de segunda-feira, o JC inicia uma série de reportagens revelando os bastidores dessas operações e dos empreendimentos.
Além disso, surgem relatos sobre supostos imóveis em condomínios como Marluá, em Itacimirim, e Village Itaparica, que passam a integrar a linha principal da investigação que chega direto a Patrimonial, que estaria sendo usada para mascarar verdadeiros patrimônios. A equipe do JC prepara uma grande matéria com documentos, notas fiscais, vídeos, fotos, depoimentos e provas que prometem estremecer o cenário político da cidade.
As denúncias que chegam à redação também apontam que uma das pessoas ligadas diretamente ao prefeito, de seu núcleo familiar adquiriu duas franquias da rede Bob’s apenas este ano, reforçando que o “aperto financeiro” de quem é governado por Calmon da só existe para o povo. Para os aliados, familiares e damas, o dinheiro continua circulando de forma abundante. Um grande empreendimento comprado na planta será foco de uma super matéria na semana que vem comprado no condomínio Marluá em Itacimirim e no Village Itaparica. O escoamento de combustível de um contrato implodirá diretamente o núcleo do “líder”.
Quem achava que só existia um operador o já conhecido de prenomes “Caruru” ou “Camamu” vai descobrir que há outro ainda mais ativo: o chamado “Palito” ou “Papito”. Enquanto a arrecadação bate recordes e o caixa da Prefeitura transborda, a população permanece sofrendo as consequências de uma gestão que escolheu quem deve passar fome e quem deve enriquecer. Em São Francisco do Conde, o calote é seletivo: para o povo, falta tudo; para os operadores, sobra dinheiro.











