O Tribunal do Júri de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, inicia nesta terça-feira (25) o julgamento de três acusados pelo feminicídio da cantora gospel Sara Freitas Mariano, morta em outubro de 2023. A sessão começa às 8h30 no Fórum Criminal do município e integra a terceira semana do mutirão do Júri, que já realizou mais de 300 plenárias em novembro em todo o estado.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), os réus Ederlan Santos Mariano, viúvo da cantora, Weslen Pablo Correia de Jesus e Victor Gabriel Oliveira Neves, teriam atuado de forma organizada, com divisão de tarefas e motivados por promessa de recompensa financeira. Eles respondem por feminicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além dos crimes de ocultação de cadáver e associação criminosa. Os três estão presos preventivamente.
Sara Mariano foi assassinada em 24 de outubro de 2023, após ser atraída a um suposto evento religioso. De acordo com as investigações, ela foi executada com 22 golpes de faca na entrada do povoado de Leandrinho, em Dias D’Ávila. O corpo, segundo o MP, foi ocultado e queimado para tentar dificultar a identificação e as investigações.
Condenação anterior
O processo já teve uma condenação. Em 16 de abril deste ano, o Tribunal do Júri sentenciou Gideão Duarte de Lima a 20 anos, 4 meses e 20 dias de prisão. Ele foi denunciado por atrair a cantora até o local onde ela seria emboscada e morto, atuando, segundo o MP-BA, como peça-chave no plano articulado para o assassinato. Gideão foi responsabilizado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa.
O julgamento dos demais acusados deve se estender por todo o dia e poderá avançar para o dia seguinte, a depender do andamento da instrução, dos depoimentos e das sustentações da defesa e da acusação.












