Em uma movimentação que expõe a temperatura real da crise política no município, a vereadora Lígia Santa Rosa esteve na sede do Ministério Público da Bahia e entregou pessoalmente à Procuradora-Geral em Exercício, Dra. Norma Angélica Cavalcanti, um relato detalhado de ameaça e tentativa de intimidação sofrida no exercício do mandato. Segundo a vereadora, o episódio não foi um fato isolado, mas parte de um ambiente crescente de assédio político contra quem ousa fiscalizar e denunciar irregularidades, principalmente na Secretaria de Saúde, comandada por Greice Tanferi, a verdadeira “dama” de ferro do prefeito Antônio Calmon.
A parlamentar afirmou ao MP que sua atuação fiscalizatória tem despertado reações agressivas e que a violência política que enfrenta tem o claro objetivo de silenciá-la e impedir que a população tenha acesso à verdade. Para ela, não está em jogo apenas sua segurança, mas o próprio direito constitucional de representação e fiscalização pilares fundamentais da democracia.
Longe de se limitar ao ataque pessoal, Lígia apresentou ao Ministério Público um panorama contundente da situação do município. Entre os pontos expostos, estão falhas graves no fornecimento de medicamentos, denúncias de colapso na política educacional, carência de respostas do poder público e situações que, segundo ela, configuram violações de direitos humanos e direitos fundamentais. A vereadora destacou que crianças, pacientes e famílias inteiras vêm sendo diretamente impactados por omissões que atravessam a saúde, a educação e a assistência pública.
O encontro, descrito por ela como firme e técnico, foi marcado pelo acolhimento e atenção da Procuradora-Geral, que ouviu cada denúncia e demonstrou sensibilidade institucional diante do cenário apresentado. Lígia saiu convicta de que o Ministério Público acompanhará os procedimentos e exigirá respostas concretas da gestão municipal um sinal de que o caso pode ganhar novos desdobramentos.
A vereadora deixou claro que não recuará diante de nenhuma forma de intimidação. Disse que continuará vigilante, comprometida e pronta para enfrentar todas as tentativas de silenciamento. Segundo ela, o momento é grave e exige coragem, transparência e ação. “Nosso mandato é do povo, e ninguém vai calar a nossa voz”, afirmou. São Francisco do Conde vive uma crise que extrapola disputas políticas e atinge diretamente a dignidade da população.











