Movimentações recentes entre Minas Gerais e o Recôncavo apontam para vínculos ainda não esclarecidos entre o genro do prefeito e um suposto operador considerado peça-chave dos negócios.
A investigação sobre os escândalos envolvendo o genro do prefeito Antônio Calmon avançou silenciosamente, mas com força crescente, e começou a revelar um conjunto de informações que acendeu de vez o alerta no núcleo político de São Francisco do Conde. Fontes ligadas a gestão, confirmaram ao Jornal Candeias, o que investigadores já têm em mãos: registros de viagens, hospedagens em hotéis e deslocamentos aéreos feitos em conjuntos pelo genro de Calmon, Vinicio Costa, esposo de Polyana Calmon, com operador conhecido como “Papito” ou “Palito”, figura apontada como uma das mais influentes nos bastidores financeiro da gestão. O desespero de Calmon piorou após a revelação de que seu genro, Vinicio Costa, é sócio do empresário que recebeu quase R$ 7 milhões da Prefeitura em 90 dias.
Calmon segue sem negar nenhuma das informações expostas pelo JC. Agora um novo capítulo surge e acontece na ponte aérea Minas-Bahia. Essas viagens, segundo apurado, registraram a participação dos dois em leilões de gado. As compras, feitas em nome de terceiros, despertaram a atenção da investigação pelo volume, pelo dinheiro vivo, pela frequência e pelo destino final dos animais, que estariam sendo encaminhados para fazendas localizadas em São Sebastião do Passé e Amargosa. A principal linha de trabalho neste momento é descobrir quem, de fato, é o proprietário da área rural, já que os nomes associados às transações não coincidem com os envolvidos que aparecem nas viagens.
Outro ponto que levanta suspeitas é a possível intermediação de uma patrimonial, que esta sendo analisada para verificar se alguns desses bens não estariam registrados de forma indireta. A hipótese de que essa fazenda possa estar vinculada a pessoas ligadas ao círculo íntimo da gestão é investigada com cautela, sem conclusões definitivas — mas com indícios suficientes para manter o clima de tensão em alta.
Os registros de hotéis obtidos pela apuração mostram que o dois estiveram juntos em diversas oportunidades, inclusive em períodos que coincidem com os leilões e com os deslocamentos de cargas de gado. A investigação tenta entender, neste momento, por que os animais adquiridos em Minas estão seguindo para a propriedade em São Sebastião do Passé e qual a relação exata entre os compradores, os intermediários e os beneficiários finais do negócio.
A movimentação de aliados e empresários no últimos dias mostram que entre operadores e familiares é de preocupação, cautela e desespero diante do que ainda pode vir à tona. Uma viagem internacional organizada pelo operador para a família vai arremeter nos próximos dias, diante do vendaval que vai sacudir cidade. Terremoto? Vendaval? Furacão? São Francisco do Conde jamais será a mesma.











