O secretário de Governo de Salvador e presidente municipal do PP, Cacá Leão, fez uma avaliação nesta quarta-feira (3), sobre os três anos e meio da gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT). O dirigente apontou retrocessos em áreas essenciais e afirmou que a vida dos baianos “mudou para pior” desde a saída do ex-governador Rui Costa.
Segundo Cacá Leão, o cenário atual reflete uma piora generalizada nos indicadores do estado. Ele questionou a ausência de grandes obras, tanto do governo estadual quanto do federal.
“Quatro anos se passaram, praticamente três anos e pouco, e o que é que mudou na vida dos baianos? No que a vida das pessoas melhorou nesses três anos? Qual foi a grande obra que foi feita aqui na Bahia, vinda ou pelo governo federal ou pelo governo estadual? Ao contrário, os números que lá atrás já eram ruins, hoje são ainda piores”, disse Leão em entrevista ao podcast MundoBA.
O secretário também criticou o avanço da violência no estado, sobretudo, em pequenos municípios. “Hoje, aquela violência que estava presente nas grandes cidades, nas metrópoles, nas regiões e nas coisas, chegou nas pequenas cidades. Hoje tem toque de recolher em municípios de 10 mil habitantes. As pessoas estão com medo”, destacou.
Na avaliação de Cacá Leão, a saúde pública também enfrenta um quadro mais grave do que em anos anteriores. “Hoje, a dificuldade na saúde da Bahia é ainda maior do que era em 2022. Ali, as pessoas morriam na fila da regulação e hoje elas continuam morrendo. Hoje os médicos não recebem salários e as unidades de saúde estão sendo fechadas. Então, o que era ruim piorou”, afirmou.
Leão ainda mencionou a chegada da BYD como exemplo de falta de avanços na economia baiana, mas afirmou que a empresa chinesa ocupa 10% do que era a antiga fábrica da Ford. O secretário finalizou afirmando que o sentimento da população é de frustração.
“O que aconteceu com a Bahia e principalmente com a vida dos baianos nesses últimos 3 anos e meio no governo de Jerônimo? Nada. A Bahia mudou para pior. O que já estava ruim, ficou pior ainda. Então, quando a gente anda pelas ruas, quando a gente conversa com as pessoas, é esse o sentimento que está presente no coração dos baianos”, completou.
