O presidente da Associação Integrada de Vendedores Ambulantes e Feirantes de Salvador (Assidivam), Risomário Lopes, respondeu as declarações do governador Jerônimo Rodrigues sobre a presença de barracas próximas às escolas públicas. O líder da categoria afirmou que os trabalhadores não podem ser responsabilizados por problemas que, segundo ele, cabem ao próprio governo.
“Não pega mal barracas próximas das escolas, governador. O que pega mal é a sua fala, é o senhor querer transferir as suas responsabilidades para os trabalhadores. O ambulante tem que trabalhar onde tem gente, onde ele possa vender os seus produtos. Tenho 40 anos como ambulante e criei meus filhos graças ao comércio de rua”, disse Risomário.
Ele destacou ainda o impacto social do setor, afirmando que o comércio de rua é responsável por boa parte dos empregos dos baianos.
“O comércio de rua é o verdadeiro celeiro de emprego de boa parte dos baianos e temos que ser respeitados. Nós estamos precisando de apoio e de pessoas que nos acolha, não de um governador que venha nos acusar de problemas que não são nossos”, disse.
A reação veio após Jerônimo Rodrigues afirmar ao site BNews, que pediu ajuda ao prefeito de Salvador para reorganizar o entorno das escolas estaduais, criticando a presença de barracas nesses locais porque elas poderiam vender “coisa errada”.
“Solicitei uma ajuda do prefeito para que pudéssemos organizar essa situação, porque barraca na porta da escola não é coisa boa. Da mesma forma que se vende um lanche, pode haver quem comercialize coisa errada. Por isso, os muros das escolas estaduais seguem um regramento urbano justamente para evitar qualquer movimentação que não seja voltada à educação”, afirmou o governador.












