O senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que não consultou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de articular a votação do Projeto de Lei da dosimetria no Senado. A proposta foi aprovada após acordo conduzido pelo líder do governo petista na Casa e gerou críticas internas, inclusive da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, e de outros senadores.
Segundo Wagner em entrevista à rádio Metrópole, havia a possibilidade de o senador Otto Alencar pedir vista do projeto, o que poderia adiar a votação para o próximo ano. No entanto, avaliou que o grupo “não ganharia nada” com o adiamento e defendeu a necessidade de encerrar o ano com o orçamento do próximo exercício aprovado.
O senador também reforçou que tem ciência de que Lula deverá vetar o projeto e afirmou que houve a disseminação de uma “fake News” em torno do tema. Wagner reconheceu que foi para o “território de campo” sem consultar o presidente e afirmou que a “batenção” existente é de quem “não se deu trabalho de se aprofundar e ler” o texto.
Durante a declaração, o líder do governo ainda reagiu às críticas do senador Renan Calheiros, que havia afirmado que Wagner teria vendido a democracia, elevando o tom do embate interno no Senado em torno da matéria. “Um senador se irritou, dizendo que vendemos a democracia. Não vendemos democracia nenhuma. Lula já disse que ia vetar, nós votamos contra, mas democracia é isso, nós não tinhamos maioria e a maioria vence”, disse.












