Neste domingo (2), a Bahia comemora mais um traço importante de sua história e relembra as batalhas comandadas por indígenas, mestiços, negros e mulheres. O 2 de Julho representa e reafirma a força do povo baiano, que pôs um fim no predomínio português ao redor do Estado, expulsando-os da província rica em produção de açúcar.
Ao longo de um ano e cinco meses após o grito de D. Pedro, duelos sangrentos, que envolveram de 10 a 15 mil soldados portugueses e brasileiros, causaram mais de duas mil mortes. Mesmo com seu exército poderoso em questão de armamento, o povo da primeira capital do Brasil deu – literalmente – seu sangue para conseguir vencer e berrar a liberdade em 2 de julho de 1823.
Dentre as batalhas mais emblemáticas estão a de Pirajá, que ocorreu na região dos atuais bairros de Pirajá, Campinas de Pirajá e Alto do Cabrito, conflitos em Cachoeira, no Recôncavo, o ataque português ao convento da Lapa e muitas outras que desencadearam o sucesso no final da história.
Nomes também ficaram marcados nos livros de história, principalmente de mulheres como Maria Quitéria, que vestiu-se como homem para combater os portugueses, Maria Felipa, uma mulher de cor que teria agido contra os lusitanos a partir da Ilha de Itaparica e Joana Angélica, a primeira mártir do processo de independência.
No Recôncavo, Cachoeira foi uma das grandes protagonistas. A terra dos licores, também rica no cultivo da cana-de-açúcar, foi a pioneira no movimento emancipador do país.