A diretora administrativa, uma técnica de enfermagem e um auxiliar de serviços gerais do Hospital Municipal Ouro Negro, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, foram exoneradas após o caso do corpo de um bebê que foi preparado para o sepultamento ao lado de um contêiner de lixo. O bebê nasceu morto na madrugada de terça-feira (9), após complicações no parto.
Em entrevista a TV Bahia, a secretária Municipal de Saúde, Soraia Cabral, informou que a sindicância aberta para investigar o fato deve ser concluído até sexta-feira (12) e que a funenária Pafir foi notificada.
“A gente abriu uma sindicância para apurar os fatos para ver o que aconteceu. Nós devemos apurar e acredito que até sexta-feira essa sindicância esteja concluída e todas as medidas necessárias para a punição dos envolvidos serão tomadas porque foi uma monstruosidade e a gestão não compactua com esse tipo de procedimento”, afirmou Cabral.
O flagra aconteceu na tarde de terça-feira e foi feito pelo vereador Arnaldo Araújo (MBD). As imagens, divulgadas nas redes sociais, mostram um agente funerário e os parentes removendo o corpo do bebê, que não teve a identidade revelada, e colocando em uma urna que estava no chão próximo ao contêiner de lixo.
Questionados, os envolvidos informaram que duas pessoas dentro do necrotério do hospital estavam com suspeita de covid-19 e que corriam risco de serem infectados. Os familiares contaram ainda que a situação ocorreu após uma funcionária do hospital negar o pedido da família de preparar o corpo no espaço da unidade.
Em nota, a secretária de saúde do município, Soraia Cabral, repudiou o fato e informou que todas as medidas cabíveis serão tomadas contra os responsáveis. Em outro trecho da nota diz que a secretária não irá tolerar o descaso da equipe relacionada ao fato. A prefeitura também notificou a empresa responsável pelo serviço funerário para se pronunciar sobre o procedimento do agente funerário.