O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República, indicou que antecipa uma derrota no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante o julgamento agendado para a próxima quinta-feira (22). Nesse julgamento, será decidido se ele será considerado inelegível por oito anos devido ao abuso de poder político e dos meios de comunicação. Bolsonaro afirmou, no sábado (17) que os sinais não são favoráveis, porém está tranquilo em relação ao desfecho da votação e pediu calma aos seus aliados.
“Não vamos nos apavorar com o resultado que vier. Obviamente não quero perder os direitos políticos. A gente quer continuar vivo contribuindo com o País (…) Nós temos esse problema agora. Até mesmo uma condenação de inelegibilidade porque me reuni com embaixadores antes do período eleitoral. Vamos enfrentar isso no dia 22 agora. Já sabemos que os indicativos não são bons, mas eu estou tranquilo”, argumentou o presidente durante ato de filiação de prefeitos em Jundiaí, no interior paulista.
No mesmo evento, o ex-presidente voltou a insinuar que as eleições de 2022, na qual foi derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não ocorreram dentro da normalidade.
“Houve as eleições, que eu acho que todo mundo pode questionar, mas para o STF e o TSE não pode questionar. Não pode falar nada de eleições. Eu acho que pode, mas não podemos falar nada. Eu acho que é página virada”, apontou e argumentando que as eleições de 2026 serão mais “tranquilas” com uma composição do comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estando com ministros indicados por ele para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em 2026, a composição do TSE será outra. O presidente será o Kassio Nunes e o vice será o André (Mendonça). Eu indiquei os dois. Teremos uma eleição mais tranquilo. Não pode enfrentar eleições com suspeitas. A alma da democracia é a lisura”, salientou.