Após a divulgação pelo Jornal Candeias de que José Mário Conceição da Santa Fé, conhecido popularmente como Binho, figura bastante conhecida em Candeias e dono de um açougue na Rua do Cajueiro, diversos leitores do JC passaram a questionar a versão oficial divulgada no release da Polícia. O caso, cercado de versões desencontradas, aumentou ainda mais o clima de mistério e revolta entre familiares e amigos.
Segundo informações da Polícia Militar, moradores acionaram a Central relatando que um homem havia invadido uma residência. Quando a guarnição chegou ao local, Binho já se encontrava amarrado, inconsciente e com sinais de espancamento. A PM informou que o SAMU foi acionado, mas antes mesmo da chegada da equipe, populares — sem especificar quem ou com que autorização — socorreram Binho ao Hospital Municipal de Madre de Deus, onde o óbito foi confirmado.
A lógica da ocorrência começou a ser contestada pelo fato de que, se Binho já se encontrava desacordado e amarrado, por que os donos da casa não acionaram o SAMU antes de chamar a polícia? Além disso, Se a polícia chegou, acionou o SAMU e constatou a gravidade, por que permitiu que a cena fosse violada e a vítima retirada por populares?Por que a casa, que deveria ser tratada como local de crime, não foi preservada para perícia imediata? E, afinal, que tipo de violência teria sido praticada por Binho para justificar tamanha reação, já que a PM informou que foram encontrados apenas um celular e dois cartões como pertences da vítima?
Versões alimentam mistério
Apesar da condução formal do caso pelas autoridades, a morte de Binho segue envolta em especulações. Diversas versões circulam entre moradores da cidade e leitores. Alguns afirmam que Binho sofria de surtos psicológicos; outra versão aponta que ele teria sido espancado por populares após ser confundido com um ladrão.
Durante a noite, novas versões surgiram em grupos de WhatsApp do Jornal, levantando hipóteses de que Binho estaria cobrando uma dívida ou de que teria agredido um homem mais velho, cujo filho teria reagido violentamente. Nenhuma dessas informações foi confirmada oficialmente, o que mantém o clima de estranheza e incerteza em torno do caso.
Repercussão e pedidos de justiça
Após a publicação da notícia pelo Jornal Candeias, dezenas de internautas cobraram explicações claras. Muitos destacaram que a morte de Binho, conhecido como um homem trabalhador e querido pela comunidade, não pode ficar sem respostas.
Nas redes sociais, familiares e amigos lamentaram a perda e pediram que a investigação seja aprofundada. A expectativa agora é que a Polícia Civil avance no inquérito e traga esclarecimentos concretos, encerrando o ciclo de boatos que se espalha rapidamente em Madre de Deus e Candeias.
Agora, a expectativa recai sobre a Polícia Civil, que precisa avançar no inquérito, dar respostas consistentes e encerrar o ciclo de contradições que só aumenta a desconfiança da população. Para a comunidade de Madre de Deus e Candeias, a morte de Binho não pode ser apenas mais um caso arquivado sem explicações.