O ex-ministro e líder do MDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, afirmou que o Partido dos Trabalhadores “passaria imagem de deslealdade” se decidisse retirar o MDB da chapa majoritária do governo da Bahia nas próximas eleições. Defensor da permanência de Geraldo Júnior como vice-governador, Geddel destacou que tanto o partido quanto o atual vice têm sido “extremamente leais” ao governador Jerônimo Rodrigues.
“Esse partido tem sido desleal? Não. O vice tem sido desleal? Não. Por que o PT e essas lideranças vão passar essa imagem de que são desleais, com alguém que só tem sido leal?”, questionou o ex-ministro, em entrevista ao programa Alô Juca na rádio Piatã FM, reforçando que o MDB pretende manter seu espaço na aliança.
Nos bastidores, há especulações de que Geraldo Júnior poderia ser substituído na chapa, diante do desejo do ex-governador Rui Costa de disputar o Senado com apoio do presidente Lula e de Jaques Wagner. Nesse cenário, partidos como o PSD de Otto Alencar ou o Avante poderiam ser contemplados com a vaga de vice. As conjecturas ganharam força após o fraco desempenho de Geraldo Júnior nas eleições municipais de Salvador, quando terminou em terceiro lugar, atrás de Kleber Rosa.
Geddel, no entanto, descartou mudanças. “Eu não vejo por que mudar. O Geraldo Júnior tem sido leal, o MDB tem sido extremamente leal. É candidato, existe um preceito constitucional que permite a reeleição, eu não vejo uma razão pra mudar. O MDB vai brigar e vai lutar pra isso. Fora especulação de imprensa, nas conversas que tive com Jerônimo, Wagner e o PT, ninguém sinalizou nessa direção, e nem acho que sinalize”, afirmou.
O ex-ministro também ressaltou a importância do MDB na eleição de Jerônimo Rodrigues. “Nós tivemos um papel fundamental na eleição de Jerônimo. Tinha ocorrido aquele afastamento com o PT, lançaram um candidato que não era conhecido. Hoje é um sujeito que mostra qualidades. Jerônimo é figura simples, sabe ouvir, sabe falar, tem sido bom governo, apesar das críticas que fazem. E Geraldo foi fundamental, importante, por que tirar?”, disse.
