Aliado de primeira hora dos governos do PT na Bahia, o PSB tem visto seus espaços diminuírem na administração estadual, mesmo com a parceria quase que inabalável ao longo dos anos. Agora, na “era” Jerônimo Rodrigues, a legenda comandada pela deputada Lídice da Mata perdeu a Fundação Pedro Calmon, que era dirigida por Zulu Araújo, para um membro do próprio PT – Vladimir Costa Pinheiro.
Com a edição de um decreto para permitir o ingresso do vereador de Salvador, Henrique Carballal(PDT), na presidência da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), o partido pode dar adeus nos próximos dias ao posto gerenciado por Antônio Carlos Tramm, quadro histórico da legenda.
Enquanto os cargos no segundo escalão se esvaem, a presidente do partido, Lídice, fala na imprensa sobre uma possível “compensação”, que parece longe de chegar. “Todos os partidos esperam um pouco mais [de secretarias e cargos de segundo escalão], e o PSB perdeu espaço. Há uma expectativa de compensação, mas aí cada um tem seu critério, não posso entrar na declaração de um dirigente ou outro. Cada um tem uma análise e uma forma de posicionar o partido”, disse Lídice, em fevereiro, antes mesmo de perder a CBPM.
Além dessas duas baixas, mais uma deve abater o PSB: a provável saída de Zé Trindade da legenda. Ainda que sem uma relação muito próxima com a cúpula do partido, o diretor da Conder não parece estar disposto a concorrer à prefeitura de Salvador pelo partido, mas sim pelo PT, de Jerônimo, Rui e Wagner.
Na contramão do afago a aliados históricos, o governo Jerônimo tem mirado esforços em atrair novas legendas para a sua já inchada base. É o exemplo do PSDB que, segundo ventila-se nos bastidores, está de olho no todo poderoso Detran. Após finalizar a “operação tucanos”, o governo estadual deve enviar esforços para reconstruir as pontes com o Republicanos, partido que já esteve aliado ao PT, mas marchou nos últimos anos com o grupo liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.